A situação do Botafogo está cada vez mais complicada na tabela do Campeonato Brasileiro e o clube carioca tão tradicional segue rumo à Série B da competição nacional, a segunda queda de sua história (o time alvinegro também disputou a segunda divisão do Brasileirão em 2003).
E nesse cenário nebuloso o volante Marcelo Mattos falou sobre o momento do clube, chamando a atenção para um pensamento de reação e que ninguém se dê por vencido mesmo se o pior acontecer. "Vamos fazer de tudo para evitar a queda, mas não será o fim do mundo se o clube cair. Temos que seguir de cabeça erguida. Podemos sair dessa situação enquanto há chance, mas seguiremos trabalhando se isso acontecer. Estamos sujeitos a isso no futebol", disse o volante. Marcelo Mattos ficou um longo tempo afastado do trabalho por conta de uma lesão na região pubiana e ainda teve seu retorno adiado por sofrer dificuldades no processo de cicatrização após uma cirurgia realizada no local. O volante voltaria logo após a parada para a Copa do Mundo, mas retornou apenas no último dia 16 de novembro, no clássico diante do Fluminense. Porém, mesmo voltando já na reta final do campeonato e ainda readquirindo ritmo de jogo e preparo físico, o experiente jogador de 30 anos vem sendo um ponto de referência em campo e apoio para o técnico Vagner Mancini, principalmente na questão da liderança.
Na última quarta-feira (19/11), Marcelo Mattos mostrou estar totalmente envolvido com a atual situação do Glorioso, mesmo tendo estado fora dos gramados, ao chorar no final da partida diante do Figueirense, após a derrota por 1×0. "O Botafogo fez um grande campeonato no ano passado. Fomos a Libertadores e eu participei dessa campanha. Desde janeiro aconteceram mudanças em vários aspectos que nos deixaram tristes. É difícil, pois tentamos resolver no campo e não conseguimos. Não é só por aquele jogo (contra o Figueirense). Vejo esse situação em um ano em que eu esperava por conquistas, inclusive da Libertadores. Eu não queria passar por isso porque o Botafogo é um grande clube e não deveria estar lutando para não cair nas últimas rodadas da competição", analisou Marcelo Mattos.
O jogador, que é um dos responsáveis a tranquilizar um time muito jovem, também comentou, inclusive, dessa questão da falta de experiência no grupo botafoguense. Ele disse que se o time conseguisse mesclar mais experiência e juventude como fez no ano passado não estaria nessa situação de agora. "Temos o Gegê que é jovem e tem muita dedicação. Se nós tivéssemos jogadores mais experientes, como o Seedorf, por exemplo, o Gegê poderia substituí-lo aos 30 minutos do segundo tempo para começar a sentir a responsabilidade e pressão dos jogos, para depois passar a decidir as partidas e então se firmar no time. Mas somente ele não pode resolver. Não estaríamos nessa situação se o time tivesse mais experiência. É muito complicado isso", encerrou Marcelo Mattos.
Por João Calvet
Fotos: Divulgação
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