Patrocinadores querem diminuir os valores dos contratos com clubes brasileiros

O brasileiro em geral adora esportes. E a maioria ama futebol. Grande parte da população tem um ou mais clubes “do coração”. A maioria das famílias brasileiras, aos domingos, reúne-se para o tradicional churrasco e futebol. E este ano foi especial. Tivemos a tão sonhada Copa do Mundo de volta ao território brasileiro. Não precisamos lembrar do desfecho da copa, todos lembram bem do vexame histórico, ainda fresco em nossa memória. Além da atenção do público, a Copa do Mundo chamou também outro tipo de atenção: Patrocinadores.

As maiores marcas esportivas e também outras grandes marcas, preferiram despejar milhões na seleção brasileira do que em clubes de futebol. Até os grandes clubes têm sofrido os efeitos pós-Copa do Mundo. Uma grande fonte de renda para os clubes são as empresas de material esportivo, que além de fornecerem uniformes, chuteiras e tudo que um time precisa, injetam também uma grande quantia de dinheiro no clube. Esse tipo de parceria se firma através de contratos com tempo determinado de duração. Próximo ao término desse contrato as partes se reúnem e definem um novo acordo.

O que tem acontecido ao final desta temporada é que as empresas querem jogar os valores dos contratos para baixo, alegando que tiveram gastos excessivos com patrocínio durante a Copa do Mundo. Isso afeta os grandes clubes, mas praticamente, engessa os médios e pequenos clubes. Não é novidade para ninguém que pequenos clubes têm enormes dificuldades para pagar folha salarial, bancar despesas de viagens em campeonatos longos e com distâncias enormes em um país como o Brasil, de proporções continentais. Uma saída é aceitar contratos menores e enxugar as já apertadas despesas.

Com menos dinheiro para gastar, menos contratações de qualidade são feitas nos clubes, gerando um campeonato fraco, de nível técnico baixo, afugentando torcedores dos estádios e até de transmissões televisivas, produzindo um clico pernicioso. Menos público, menos telespectadores, menos receita. Vamos ver quantos clubes vão sobreviver em 2015.

Por Luciana Viturino

Foto: Divulgação

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