Novo camisa 9 da Seleção Brasileira nessa era Dunga, o atacante Diego Tardelli concedeu uma entrevista ao programa "Arena SporTV", do canal SporTV, e o jogador que defende atualmente o Atlético-MG admitiu que os primeiros momentos após a primeira convocação do técnico Dunga tiveram muita desconfiança em relação aos convocados, até pelo desfecho traumatizante para o Brasil na Copa do Mundo, em que o time saiu da competição em quarto lugar e sofrendo 10 gols nos últimos dois jogos.
"Havia muita desconfiança quando eu cheguei. Disseram que o ambiente não era bom, mas o técnico deu confiança aos atletas e foi muito bom o trabalho internamente. A oportunidade é única e quero aproveitar porque o Dunga está sendo coerente. Cheguei a figurar entre os 30 na pré-convocação para o Mundial, mas talvez ainda não fosse a minha hora. É um sonho meu estar numa Copa e sei que tem muita chance disso acontecer, portanto, eu trato essa como a última delas. Me sinto bem para jogar pela Seleção e focado mentalmente. Estou feliz pelo entrosamento com o quarteto e por ter ido bem nos três jogos que participei, espero ter mais oportunidades e conquistar de vez meu espaço no grupo, pois foi melhor do que eu esperava", disse Diego Tardelli, na entrevista.
Tardelli, que tem 29 anos de idade, não vem atuando centralizado como fazia o jogador anterior na posição (Fred, na Copa do Mundo) e foi colocado ao lado de Neymar. Flutuando pelas pontas, o atacante do Galo atua com mais liberdade e abre caminho para quem vem de trás. E foi desse jeito que, na partida válida pelo Superclássico das Américas, contra a Argentina, Tardelli marcou os dois gols da vitória por 2×0 diante dos Hermanos. "Queria ser a referência e o nove da equipe, essa era a minha preocupação. E eu não tenho essas características de disputar e trombar com os marcadores, como fazem o Fred, o Jô e o Henrique (do Palmeiras), por exemplo, que é o que um camisa nove faz. O meu ponto forte é chegar de trás, como fiz no jogo diante do Japão deixando o Neymar na cara do gol, é isso que desejo fazer. Procuro me movimentar dentro das características que tenho. Eu necessitava dessa leitura de jogo porque o futebol está diferente hoje. Eu tinha que fazer algo diferente na Seleção pela cobrança que vinha sendo feita em cima do Fred e de quem fosse o nove da equipe", afirmou o atacante.
O treinador também desejava que o jogador não cumprisse uma função de centroavante fixo, e numa conversa antes do primeiro jogo pediu para que ele se movimentasse em campo, segundo o próprio Tardelli. "O Dunga me deu essa liberdade desde o primeiro jogo. Ele queria que eu me movimentasse em campo e conversou comigo sobre isso antes da primeira partida. Neymar, Willian, Oscar e eu nos movimentamos quando cumpro essa função. Em alguns momentos eu volto mais e o Oscar assume o papel de nove, em outros momentos o Neymar. Confundidos os adversários por a gente ter essa leitura", completou Tardelli.
Nesta quinta-feira (23/10), o técnico Dunga fará mais uma convocação, dessa vez para a disputa de dois amistosos em novembro, um no dia 12, contra a Turquia, e no dia 18, diante da Áustria. Porém, o Atlético-MG pretende pedir a dispensa de Tardelli caso ele seja convocado e o Atlético seja finalista da Copa do Brasil, em que o primeiro jogo da decisão seria no mesmo dia do primeiro amistoso da Seleção.
Por João Calvet
Foto: Divulgação
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